terça-feira, 6 de outubro de 2015

Eu to meio morta por dentro
Como se tudo tivesse meio cinza
Onde a vontade de viver, de ser, tivesse se esvaído de mim.
A menor interação se tornou um castigo
Sorrir, agir, escolher, viver
Vivo em constante ansiedade
Disforia, melancolia e insonia
Meu estomago já não aceita comida
Se revira e vomita
Não posso mais beber
Tenho medo de me afogar
Prazer na vida só quando me faz notar
Quando sorrir e me abraça
Me deixa chorar
Alivio momentâneo
Um banho para minha alma lavar
Como se um pedaço de mim tivesse se atirado ao mar
E eu agora em terra tenho medo de nadar.
Medo de soltar as mãos
Me deixar levar
Só fechar os olhos e sonhar
Tenho medo de sozinha ficar
Metade da cama esfriar
Tenho medo de nunca me amar
Sentir falta de um lugar que nunca pude estar
Me salvem de mim
Tenho medo de me deixar partir

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