segunda-feira, 29 de abril de 2013

Rocha

É no meio dos meus erros e que descubro que ele é meu maior acerto. Erro quando transformo os cascalhos que encontro em rochas quase intransponíveis, porque sou uma constante vítima do overthinking, como já disse pra ele e já disse pra todos, e porque cada machucadinho que me causam essas pedrinhas me deixa com medo de pisar mais uma vez onde me arranhou mas pode vir a cortar.
Enquanto erro, ele me abraça e diz que vamos ficar bem, que somos muito bons juntos, que me preocupo sem necessidade. Mas eu faço cena; faço drama; faço, de cascalho, rocha. E ele se mantém firme: somos ótimos, somos ótimos, somos ótimos - ele repete com suas ações toda vez que exagero nos medos.
E, se os medos ficam grandes, erro ao pedir que ele me fale com palavras tudo o que me diz com suas atitudes. Errei quando duvidei do que temos; quando comparei coisas que não se medem; não se comparam; porque, se a natureza delas é a mesma, a origem não o é e nós nunca seremos iguais, nem devíamos, nem queremos,
Mas ele me diz o que preciso ouvir, me lembra que tenho mil acertos, me faz esquecer as bobagens que faço por ser uma boba apaixonada. "Vamos ficar bem", eu digo quando sorrio. "Somos muito bons juntos", penso quando sinto aquela calma que só existe com ele. "Eu me preocupo demais", sei quando ele ele sorri e vejo na minha frente o que ele não diz. E no meio dos meus erros, sei que ele é meu maior acerto; porque ele faz tudo ficar simples, tudo ficar fácil, tudo ficar bonito: os meus erros, que me parecem ter todo o potencial para ser uma rocha caída em cima do relacionamento, parecem cascalho quando ele me abraça e nunca mais me solta.
É ele, é ele, é ele, meu coração parece dizer enquanto dispara, enquanto os erros ficam esquecidos. É ele. Ele que é rocha; que é tão seguro, tão forte, tão imenso nos meus olhos. É ele. Se não para sempre, para todo o agora.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sobre ele

Eu sou minha. Meus gostos, meus medos, minhas vontades. Sou minha e é meu o que, sozinha, consegui nessa minha vida. Mas o que tenho de mais caro é o que ele me deu - tão inesperadamente, tão suavemente. O que tenho de mais bonito é o sentimento que aprendi a ter: o carinho, o afeto, a vontade de me prender nos braços de um outro alguém por sentir tamanha paz ao lado dele. Dentre tantas alegrias que a sorte me trouxe, ele soube como me trazer uma felicidade tão própria do "nós" que temos.
Sou minha, mas meus sentimentos mais sinceros são os que entrego, de bom grado, a ele. Ele que me deu mais do que eu jamais pedi, que me deu tudo o que eu nunca soube que quis. E se meu coração dispara - porque esse coração bate mais contente com ele, mas ainda é meu - é porque a pele dele faz a minha parecer fria e quase errada quando não está me tocando.
O que ele me traz é o tipo de sentimento mais doce desse nosso mundo e eu - que sou minha - espero poder dividir meus dias, meus gostos, meus medos e minhas vontades. E faço de mim um dos meus textos sobre ele: continuo minha, mas não deixo de ser um pouco dele.

domingo, 14 de abril de 2013

...Daniela.

Incrível como alguns minutos podem fazer um dia inteiro se transformar.
Uma ligação sua de cinco minutos me faz sorrir como uma criança no Natal, nossos assuntos idiotas que perduram durante uma aula inteira me fazem ter vontade de nunca sair daquele lugar.
Do mesmo jeito que quando o mundo parece conspirar e tudo para de funcionar, o mundo sai de sincronia, as horas não passam, viram anos. Quase morro sem meia palavra sua. E eu sei que você sente isso também.
Acordar sem uma mensagem sua, sem poder te ligar. Garimpando momentos para telefonar.
Mas vale a pena. Vale a pena te amar, ficar algumas horas sem você, mas saber que você está lá querendo tanto me encontrar.
Nosso amor movido a saudade, de vontade de estar, ser e permanecer. Nossos atos de coragem diários de desligar, dizer tchau após ouvir "Eu te amo". De chorar e esconder para não machucar, de declarar o óbvio, só pelo prazer de dizer.
Dedicar músicas para tentar expressar o que nossas palavras já não conseguem dizer, trocar fotos para apaziguar o desejo de reencontrar. Sentir o coração saltitar, dançar e dar um mortal quando marcamos de nos encontrar.
Quando você me abraça apertado, beija minha testa reafirmando que não, não estou sonhando, quando você me beija, criando um fogo que me consome de dentro para fora, apagando todos meus medos e neuras. Quando você gargalha das besteiras que eu falo, das minhas ideias mirabolantes, sua risada solta, plena, que preenche cada cantinho do meu peito.
Seu perfume que eu guardo na memória para poder encontrar um pedacinho de você em cada frasco que eu achar. Seu nome que não sai da ponta da minha língua, dos meus pensamentos e planos.
Você menina, que encontrei da maneira mais inesperada e improvável. Você que odeia o celular, mas não sai mais sem ele porque você sabe que preciso lhe falar. Você que diz não ser romântica, mas se desdobra para me surpreender, me fazer chorar de alegria. Você que faz de tudo para eu dançar, que me provoca por provocar, que não desliga o skype por não saber onde apertar, você que me faz sonhar.
A mulher que me completa, que me ensinou como é amar e ser amada.
Quem é ela? O nome dela é...