Sou do tipo que chora.
Por causa de fins, começos e meios. Pelo mau e pelo bom. Pelo feio e pelo bonito. Nunca como uma forma de chantagem emocional covarde e baixa. Minhas lágrimas simplesmente explodem quando as emoções são fortes.
Fico brava e as lágrimas raivosas escorrem. A tristeza parece me afogar. Até mesmo a alegria me inunda de forma tal que a água abre passagem para fora dos olhos. Vergonha e orgulho são a mesma coisa quando se trata dos meus choros. E amor provoca soluços intensos. Sentimentos viram lágrimas, simples assim.
Eu choro com sinceridade e sem vergonha. Choro e minhas lágrimas molham minhas roupas e bochechas.
Para evitar uma imagem de frágil, tentei conter essa cachoeira que sou. Desviei o rio, tentei construir represas. Em vão. Meus sentimentos são sempre à flor da pele. O coração sempre aberto; aliás, sempre exposto. As lágrimas são tão frequentes quanto o inspiraexpira da respiração. Tão involuntárias quanto. Naturais, espontâneas, necessárias.
Acabei aprendendo a aceitá-las. Elas são características minhas, são pequenas provas de que sou capaz de sentir e de que sou forte suficiente para admitir o que sinto. Quando o coração transborda, as sensações me escapam pelos olhos. E eu me encontro encarando o que quer que seja com minha forma quase frágil de ser forte: chorando, mas de cabeça erguida.
Nexo provisório é fazer sentido num momento e no seguinte não. É mudar. É evoluir, é regredir. É não se prender a um momento, mas saber que foi importante. É saber que ele não precisa fazer sentido, precisa ser sentido.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Eu choro
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Me identifiquei muito com o texto Ana, sou simplesmente assim! Ótimo como sempre, parabéns.
ResponderExcluirBruna Santos
adorei a conclusão do texto, gostei muito (:
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