Vem, amor. Esquece esses medos, esquece essa chuva. Deixa tudo que machuca lá fora, a gente tranca a porta.
Vem, amor. Eu vou velar teu sono, vou ser teu porto. Vou contar qualquer história pra te fazer dormir. Posso inventar qualquer história pra te fazer sorrir.
Se quiser, amor, a luz fica acesa. Ou eu apago, tanto faz. Eu tenho o cobertor, traz teu travesseiro. A noite vai cair do outro lado das janelas, mas desse lado não vai ter escuridão. O nosso riso vai servir de luminária.
Se for te fazer feliz, fique pela manhã. Pela tarde. Vai ficando.
Ou vai embora - pode voltar mais tarde, pode esquecer de voltar, vai ficar comigo de toda maneira. Vai ficando, amor, mas vem.
Nexo provisório é fazer sentido num momento e no seguinte não. É mudar. É evoluir, é regredir. É não se prender a um momento, mas saber que foi importante. É saber que ele não precisa fazer sentido, precisa ser sentido.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Qualquer História
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Ah, mas que bela "prosa poética"!
ResponderExcluirLinda como sempre!
ResponderExcluirsaudades carol!
Bjs,
Julia