Eu me encontrei, mais uma vez, em frente à sua porta. Pedindo um pouco de atenção, pedindo que aceitasse as palavras que escrevi sobre você durante cinco longos anos. Cá estou eu, na sua porta, na sua frente, pedindo mais uma vez para entrar.
Mesmo que eu saiba (e sei bem demais) como é ficar do lado de fora, continuo batendo. E sempre me prometo que essa é a última vez. E sempre acabo voltando. E me recuso a aceitar que essa é realmente a última vez, porque escrever sobre você parece tão certo nessa minha vida torta.
Entenda, não estou pedindo amor. Não estou pedindo que cuide do meu coração. Eu só quero poder entrar mais uma vez, ficar - quem sabe? -, escrever sobre você. Se não for incômodo me receber mais uma vez.
Mas eu não quero ser hóspede na sua vida. Também não preciso morar nela. Eu só quero existir nesse universo tão seu. Vou fazer meu melhor para não atrapalhar. Essa é a última vez que venho até sua porta e peço isso, digo para mim mesma. Porém, nós dois sabemos, todas as vezes que eu olhar nos seus olhos vou me convencer a voltar e pedir só mais uma vez.
Então vamos nos poupar de todo esse drama. Só me deixe entrar. E, se você quiser que eu fique, essa vai ser a última vez que te peço.
Nexo provisório é fazer sentido num momento e no seguinte não. É mudar. É evoluir, é regredir. É não se prender a um momento, mas saber que foi importante. É saber que ele não precisa fazer sentido, precisa ser sentido.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Outra Última Vez
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Sempre me encontro nos seus textos Carol, lindo como sempre.
ResponderExcluirBruna
Lindo texto Carol, parabéns!
ResponderExcluirCinco anos passam rapido
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