segunda-feira, 26 de março de 2012

Aquele em que falo sobre minhas duas semanas de sonho.

Aos onze anos sonhava com a faculdade: iria fazer História (sem nenhum trocadilho patético). Eu podia ver minha vida de historiadora antes mesmo de conhecer essa palavra. Claro que aos doze anos, vi todo um mundo de possibilidades se abrir na minha frente, mas História sempre foi mais do que um desejo simples.
Aos dezoito-quase-dezenove ainda tinha aquela certeza inocente dos onze: queria História. Passar no vestibular foi tão único que deveria existir um adjetivo exclusivo para descrever.
Quando finalmente comecei o curso, tive medo. Um pouco de não gostar, muito de ter passado anos errada. Meu medo foi infundado. Duas semanas e já pude sentir na pele o que é ter cem páginas para ler em dois dias, o que é conviver com a estrutura um tanto quanto precária das universidades públicas (locais em que, atualmente, pretendo trabalhar - pretensão muito mais madura que trabalhar no Egito, sonho daquela menina da quinta série), senti o que é conhecer pessoas com a mesma paixão que você e outras com paixões muito mais hesitantes. Encontrei profissionais respeitáveis de várias áreas e me encontrei tão sedenta por conhecimento a ponto de ler as páginas pedidas e realizar pesquisas paralelas sobre tudo que parece minimamente interessante.
Estou amando cada segundo, cada pessoa que encontro e sobre quem leio, cada lugar. E, mais do que isso, estou descobrindo quem eu sou e o meu lugar na História (com o trocadilho patético).

4 comentários:

  1. Haha engraçado, ficou bom!

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  2. Você escreve muito bem, parabéns! Adorei e, em certos aspectos, me identifiquei bastante. Gostei muito da maneira como o início e o final se relacionam. :)

    Bráulio

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  3. Eu passei o texto inteiro esperando o trocadilho T.T. Melhor parte

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