Mariana chegou atrasada e se sentou na cadeira vazia próxima ao interessantíssimo - até então - desconhecido Matheus.
Dez minutos bastaram: ela estava apaixonada. Como foi doce a noite em que conheceu Matheus!
Os dois conversaram e se deram tão bem que ela não pôde entender como pensou amar outro alguém. E sabia que ele gostara dela. Cada troca de olhares e cada um dos sorrisos só a encantavam mais e mais.
Dizer adeus doeu, mas foi uma dor doce. Quase como aquele momento em que se acorda mas o sonho ainda parece possível.
Ir para casa foi irreal, tudo parecia igual quando nada dentro dela o era.
Dormir foi impossível. Mariana dançava pelo quarto em silêncio, escrevia finais felizes para eles, fazia rimas de amor. Ela sabia que os dois funcionariam juntos, toda a pizzaria em que se encontraram testemunhara que sim.
Toda a semana que se seguiu foi um misto de saudade e doçura que se recusava a desaparecer da vida da menina.
E todo o ano seguinte foi como deveria ser: sem Matheus, sem encontros inesperados, sem corações exaltados por causa dele. O amor tão forte não tinha espaço na vida cotidiana, pertencia a uma noite perfeita.
E Mariana seguiu sem outros amores de uma noite só, seguiu e cresceu. Ser adulta não combinava com esses amores.
Mas, ah! Como foi doce a noite em que conheceu Matheus!
Nexo provisório é fazer sentido num momento e no seguinte não. É mudar. É evoluir, é regredir. É não se prender a um momento, mas saber que foi importante. É saber que ele não precisa fazer sentido, precisa ser sentido.
domingo, 18 de março de 2012
Sobre amores repentinos, intensos e passageiros.
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Mariana, putz!
ResponderExcluirMariana é um nome bonito.
Ohh Matheus foi embora...
Tchau Matheus!
Mariana você cresceu?
Mariana é hora de pensar na vida.
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Muito legal Carol, esse começo realmente chamou minha atenção e no meio ainda conseguiu me prender. O final, bem no final Matheus foi embora e você conseguiu fechar com chave de ouro jogando Mariana como uma mulher moderna que não vive só de sonhos e que sabe o que quer sem deixar de sonhar um pouco!
Mariana podia crescer também e parar de contar histórias sobre o namorado de outras pessoas
ResponderExcluirE claro, aprender a colocar o nome como contato dos outros e não "JARDINEIRO", ironia falar que Mariana cresceu!
ResponderExcluirEu to achando isso muito engraçado UASHHUS
ResponderExcluirEU GOSTO EH DO BARRACO!!!
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