domingo, 8 de abril de 2012

Ao Nosso Começo (ou ao que espero que seja)

Eu poderia ter virado as costas, não ter conversado contigo e ainda estaria em uma posição confortável. Mas não fiz isso.
Foi um gesto impensado, mas quem poderia prever o que aconteceria a seguir? De que forma eu poderia adivinhar que você revelaria ser alguém tão inteligente e gentil? E que, além de se tornar mais bonito a cada dia, você pareceria tão certo dentro da minha vida torta?
Antes de abrir espaço para você nos meus dias, acreditei que estava no caminho certo, que eventualmente viria a me apaixonar por determinado rapaz, e, sem sequer pensar, acabei me jogando de cabeça nessa situação. Porque meus pensamentos  ingênuos me perguntavam que mal poderia haver em mais um amigo.
Claro que, quando te conheci, vi que era bonito e que um "nós" não seria nem um pouco ruim, mas a convivência me mostrou mais de você do que eu imaginava existir. E agora me pego olhando na sua direção enquanto imagino se você poderia pensar em mim de outra maneira.
Não digo que me apaixonei. Tenho dúvidas quanto a isso, já que, quando você está longe, quase me esqueço desse sentimento que tem se aflorado em mim. Por outro lado, quando você chega - e eu nem sequer tento me enganar, estou sempre esperando - , uma certeza de que você me faria feliz se instala dentro da minha cabeça.
Sei que misturei as coisas e sou a única que se sente assim, mas não me arrependo: só por saber que existe aquele que se infiltra em meus pensamentos e deixa tudo tão mais bonito (porque reflete seu jeito), eu ignoro os pesares de gostar de você como comecei a fazer e dou graças ao que quer que tenha me permitido te encontrar.

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